quarta-feira, 2 de abril de 2008

Circulo

O homem que entregou seu amor à lua voou
No dia iluminado pelo sol vermelho, escapou
As garras do mundo, elas não incomodam mais.
Ele que sempre achou que o bastante era pouco.

Uma alma livre que não se enquadrava,
Deslocado dos rituais, pois, julgava banal,
Homem de sorriso vazio, inigualável esperança,
De que o vento mudaria a rota do círculo astral.

Sábia que alguém o completaria.
E que esse alguém também sentia-se só.
Vagou o mundo procurando a ilusão,
Mas que homem que vive sem ilusão?

Sonho de um tolo
Mas ainda sim
Um sonho...
(Rodrigo Fernandes)


*El Teatrillo, Salvador Dalí

Um comentário:

Amora disse...

Há quem ouse voar no nada, escapar do mundo, deslocar do hoje, largar a alma, sonhar um sonho, em busca de completude...
Há quem ouse criar um mundo, inventar um tempo, se dar um nome, voar num sonho e criar uma vida, mais que o amor à Lua é que vem guiar...ninguém explica essa coisa de pensamento. E escrever é, ainda, a melhor forma de se reinventar!

=)